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A Metafísica do Uno: do Logos Pré-Socrático à Escada Mística de Plotino
🦉 CFEC - Edição #040

Desde o florescer da filosofia, o pensamento grego buscou um princípio capaz de unificar a multiplicidade do real e oferecer um fundamento para a ordem do mundo e para a alma humana.
Essa busca, que nasce cosmológica nos pré-socráticos, amadurece ontologicamente em Platão e se consuma misticamente em Plotino, revela que a filosofia antiga era mais do que teoria: era formação do espírito.
O que hoje é conhecido como pensamento filosófico era, na origem, um exercício integral de transformação.
A metafísica do Uno surge como o eixo silencioso que atravessa este percurso. Não é apenas um conceito supremo, mas um destino da razão quando esta alcança sua forma mais elevada e contemplativa.
Investigar o Uno significava interrogar a estrutura do real, mas também ordenar a própria alma segundo essa estrutura. Por isso, o filosofar grego não separa cosmologia, ontologia e ascese.
Pensar é aproximar. Compreender é participar. Conhecer é converter-se.
Retomar a metafísica do Uno, sobretudo no contexto brasileiro atual de formação filosófica clássica, é resgatar a filosofia como via de lucidez e unificação interior, não como coleção de doutrinas.