
Entre as virtudes elencadas por Santo Tomás de Aquino, a prudência aparece como a força discreta que sustenta a ordem da alma e orienta o agir humano conforme a verdade.
Nas questões dedicadas às virtudes principais, Tomás mostra que nenhuma disposição moral alcança sua plenitude sem essa capacidade de julgar retamente e de conduzir a ação segundo o bem conhecido pela razão .
Quando ela enfraquece, instala-se a fragmentação interior que tantos autores contemporâneos descrevem e que o CFEC reconhece como marca do nosso tempo.
A perda de direção, a superficialidade e o abandono da vida enraizada revelam um desequilíbrio profundo da alma racional .
A ausência dessa virtude deteriora o estudo, reduz o pensamento a reações dispersas e torna a existência vulnerável ao fluxo desordenado das paixões.
Sem esse eixo, a vida intelectual perde gravidade e clareza.
Recuperar a prudência é recuperar o centro, o princípio que devolve unidade ao pensar e ao agir.
Este artigo convida o buscador a reencontrar nessa virtude mestra uma luz segura para compreender o real com maior profundidade.
